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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Voltando, pois voltar também é necessário.





E o tempo vem me tomando tudo de dentro pra fora.
E foram tantas coisas acontecendo...
Fui perdendo amigos, fui ganhando outros, e nada substitui. Cada um é um.
E vieram as doenças físicas, e as doenças da alma, e as doenças do intelecto.
E *não aceitação* me olhou de frente e apontou bem dentro de mim e me arranhou a alma. E eu chorei e me escondi e fiquei com medo de ser, de aparecer.
Mas sempre tem luz na fresta da janela e um pingo de qualquer coisa que brota no desespero nasceu disso aí.
E o medo de não ser boa o bastante se arrastou pelos meus pés e me puxou várias vezes pro chão. Mas eu já sabia, sabia que aqui eu podia mais.

E eu olhei meus espaços, esses em que escrevo desnudando a alma e revirando um universo de mim, e tudo era silêncio e solidão, tão quanto eu. E que saudade. Saudade de expor um pouco mais, de falar de sentimentos, desses todos que nos deixam feixs de vez em quando;mas que fazem a gente brilhar também.
E hoje veio a lição simples.
Simples como só as grandes lições podem ser: Eu posso ser feia o tempo que precisar, posso ser muda, posso ser mau humorada, posso ser triste, posso ser solitária, e até um pouco dramática.
E isso é só ser!

Então sendo eu de novo, to voltando por aqui.

Pois escrever é necessário!

Beijos Azuis!

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Porque sentir não dá pra explicar.




É que sentir é mesmo uma coisa estranha. E também é meio difícil de entender.
É de dentro, e algumas vezes a gente nem sabe se dentro da cabeça ou do coração.
Aí a gente deixa acontecer pra ver onde vai e algumas vezes vai bem e outra vezes vai mal a beça...
Me lembro que quando meu casei eu sentia todo o amor do mundo, o coração trasbordava de tanto amor. E eu senti por muito tempo, só que do outro lado acabou logo.
E eu passei a me sentir a pessoa mais burra e mais feia do mundo... Era assim que meu cônjuge me sentia; e embora ele nunca tenha dito isso uma única vez,  repetia esse sentimento diariamente. E eu passei a acreditar nele.
E só fui *salva* muito tempo depois por um amor que transcendia o tempo. Ainda que dessa vez eu não pudesse sentir...
E o tempo passa e os sentires mudam e continuam sendo.
Conversando com uma grande amiga, falávamos sobre bancar o amor do outro.
Sobre como é difícil achar alguém que possa aceitar *ela me ama exagerado, e fim*.
Porque sentir é assim.
Uma enormidade de possibilidades de perceber o outro e a si mesmo. Um eterno pesar de mais e menos sentir; e o coração balança e a cabeça também.
E por vezes perde o prumo, senão o rumo. E a gente continua.
Eu sei lá se dá pra bancar o outro, algumas vezes a gente nem banca a gente mesmo... 
É que essa coisa de amor é chuva tempestiva, dessas que derruba arvores e depois deixa um arco iris de ponta a ponta no céu.
Mas vale mesmo é sentir!


Beijos azuis